quinta-feira, 5 de maio de 2011

PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS em Belo Horizonte

Ações possibilitam o resgate social de pessoas e famílias

O Terceiro Setor em Belo Horizonte tem se expandido de forma notável, gerando cada vez mais, um destaque para as atividades de cunho socio-educacionais . Para muitos há uma constatação: o motivo é atuação ineficiente do Governo, especialmente, na área social. Na avaliação de especialistas diversos, as ONG’s, Fundações e Associações surgem, principalmente, para atender a demanda por serviços sociais, requisitados por uma classe economicamente menos favorecida, não atendida pelo Estado e agentes econômicos. Na análise desses estudiosos, diante da desigualdade social e da ausência de políticas públicas efetivas que atendam crianças e adolescentes, as ONG’s oferecem a este segmento uma ocupação real.
A cordenadora do projeto Corpo Cidadão, Mirian Pederneiras, explica que o programa busca, acima de tudo, preparar as crianças para viverem em sociedade, a partir da valorização de suas qualidades, da elevação da auto estima, do resgate familiar e da assistência: "A expectativa é que as crianças e os jovens atendidos pela instituição estejam cientes de que eles sejam a instituição, os atores , os protagonistas, coordenadores e diretores. Porém , este trabalho dura tempo, pois, precisa passar por um processo de ajuda e desenvolvimento da criança e do jovem, uma vez que , eles ainda estão aprendendo a aprender o que realmente é o trabalho, a formação para o trabalho, e o que é a formação pelo sujeito, justamente para ajudar a ampliar o olhar dessa crianças e jovens, para demais áreas. Desse modo, ele poderá escolher definitivamente qual a área que eles mais se identifiquem, ele passará a ter um olhar voltado para o próximo."
O Corpo Cidadão é uma instituição sem fins lucrativos de direito público, e foi criada pelo Grupo Corpo, uma companhia de dança contemporânea, eminentemente brasileira em suas criações."Nós desenvolvemos uma metodologia de trabalho, onde escrevemos de forma coletiva, nas propostas políticas educacionais. Este processo é feito a longo prazo, pois, temos que comparar nossa teoria, o que está escrito com a nossa prática. Por isso, o Corpo Cidadão sempre disponibiliza uma proposta política educativa, já escrita , já determinada sobre a maneira que estas atividades são desenvolvidas e o que nos baliza”.Conclui Mirian.
Tais ações socio-educativas podem ser encaradas como uma maneira de agir diretamente nas relaçoes humanas entre os jovens, seus familiares e todos os demais dentro da sociedade.Mas para Dênis Silva, professor da rede pública e ex-educador social, não tem como objetivo substituir o papel da família ou da escola: “Para que um projeto possa surtir efeito, mostrar fiéis resultados, é de suma importância a participação familiar. Reuniões entre pais e os representantes devem ser costumeiras. O contato direto busca melhorar a situação familiar já que interfere diretamente na condição da criança.”
Dênis acredita que as crianças e jovens que participam de projetos são alunos mais responsáveis, interessados e aplicados na escola. O professor também afirma que estes projetos tendem a substituir o papel do Estado no que diz respeito à falta de políticas públicas voltadas para crianças que sofrem com problemas econômicos, sociais, e que não tem acesso aos direitos básicos.

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